Em primeiro lugar é necessário que você saiba que essas drogas não são MACONHAS SINTÉTICAS, ou seja, a maconha do jeito como é conhecida.
Na verdade elas agem no mesmo “encaixe” que a maconha, e é também da classe dos canabinoides.
A ideia inicial dos cientistas era sintetizar, ou reproduzir quimicamente em laboratório, a fórmula dos principais componentes da Cannabis sativa, a maconha. Um dos principais alvos nessa busca por novos tratamentos era o Tetrahidrocanabinol, conhecido pela sigla THC.
O objetivo dessas pesquisas científicas era minimizar ou extinguir os efeitos psicotrópicos dessas moléculas, preservando as possíveis aplicações terapêuticas delas.
Os canabinoides sintéticos foram então construídos em laboratório para imitar uma estrutura química parecida com a do THC — com pequenos ajustes nas cadeias de carbono, oxigênio, hidrogênio e assim por diante.
Todos esses trabalhos foram fundamentados em estudos realizados a partir dos anos 1960, que descobriram os sistemas endocanabinoides do nosso corpo.
Em resumo, as células que compõem o sistema nervoso no cérebro, na medula e nos nervos periféricos possuem receptores específicos, onde se encaixam algumas moléculas.
Esse mecanismo se assemelha mais ou menos ao de uma porta: os receptores são as fechaduras e as moléculas são as chaves.
O encontro dessas duas coisas — chave e fechadura; moléculas e receptores — representa o gatilho para uma série de reações que virão na sequência.
A ideia era exatamente criar uma nova chave que coubesse na mesma fechadura.
Segundo a IPA-Brasil (International Police Association), um pacotinho de maconha sintética pode ser comprado facilmente pela Internet
O grande problema é que as derivações sintéticas são de efeito muito mais intenso. Usuários das drogas K podem sentir um grande prazer e relaxamento. Depois, geralmente é seguido por confusão mental, aumento da ansiedade, taquicardia, falta de coordenação motora, psicose e convulsões.
As formas clandestinas que são vendidas:
O K2, popularmente conhecido como Spice, foi a primeira versão a ser vendida no mundo, em 2004, principalmente na forma de erva (similar à maconha) ou na forma líquida, como uma espécie de odorizador de ambiente.
Depois vieram o K4 e o K9, vendidos na forma de selos para serem dissolvidos embaixo da língua ou em líquido para borrifar em papéis, respectivamente. Trata-se de uma droga barata, que vem sendo usada por grupos vulneráveis, como crianças e pessoas em situação de rua e presidiários. O efeito dura menos tempo do que a maconha, e, como o pico é alcançado em 5 minutos, há um risco muito maior de dependência. A droga foi criada para ser um “legal high” (barato legalizado) , pois não estava incluída na lista de substancias psicoativas proibidas.
Os canabinoides sintéticos são comercializados de várias formas. Após o preparo do entorpecente em laboratório, esse líquido geralmente é pulverizado em qualquer tipo de erva seca, como o capim comum, ou em pedaços de papel.
Alguns produtores acrescentam ervas aromatizadas e incensos no produto final, que é embalado em sachês antes de chegar ao consumidor com os nomes comerciais de K2, K9, spice…
Há versões usadas especificamente em cigarros eletrônicos.
A droga é tragada pela boca e chega aos pulmões, onde é absorvida e cai na corrente sanguínea. Chega rapidamente ao cérebro onde vai causar seus efeitos. E como é uma “chave” que se encaixa perfeitamente na “fechadura”, os efeitos são muito mais eficazes.
As apreensões e os casos aumentaram de tal forma nos centros urbanos, que alertou a polícia e os centros de saúde de referência.
É bom saber que existem drogas naturais, drogas sintéticas e semi- sintéticas.
Faremos uma postagem sobre isso também.
Pesquisa: BBC News- Brasil ; UOL notícas ; Infoescola.com