ALÔ PESSOAL!!!!
Com os vestibulares chegando, vamos rever tabela periódica?
Novidades na tabela:
Em ciência, aprendemos que nenhum conhecimento é definitivo. Até mesmo a tabela periódica, que classifica os elementos conhecidos segundo suas propriedades atômicas, está sujeita a revisões.
Na mais recente, anunciada por cientistas no dia 8 de junho, dois novos elementos químicos foram adicionados: os de número atômico (quantidade de prótons) 114 e 116. Eles receberam o nome provisório de ununquádio (114) e ununhéxio (116), em referência aos seus números.
Diferente de elementos mais conhecidos, como o chumbo, o ferro, o mercúrio ou o carbono, os novos compostos não podem ser encontrados na natureza. Eles foram criados por cientistas em laboratório, assim como todos os de número atômico superior a 94 na tabela.
Os elementos 114 e 116 são altamente radioativos, pesados e instáveis. Eles duram apenas frações de segundo, após os quais se dividem em substâncias mais leves.
A tabela periódica, elaborada pelo químico russo Dmitri Mendeleiev (1834-1907) em 1869, possui hoje compostos reconhecidos com números atômicos que vão até 112. Os dois mais recentes receberam confirmação da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC, na sigla em inglês) e da União Internacional de Física Pura e Aplicada (IUPAP). Foram necessários três anos de revisões e dez de estudos até que fossem adicionados à lista.
A descoberta é atribuída aos pesquisadores do Instituto Conjunto para Pesquisa Nuclear de Dubna, na Rússia, e do Laboratório Nacional Lawrence Livermore da Califórnia, nos Estados Unidos. Outros elementos de números atômicos 113, 115, 117 e 118, também encontrados nos últimos anos, aguardam comprovação da comunidade científica para serem oficializados.
Os compostos com 114 e 116 prótons , novos elementos, que vêm sendo incorporados à tabela ainda são muito instáveis e de vida muito curta. Todos são radioativos e se desintegram em um curto espaço de tempo, o que faz com que não possamos ainda pensar em aplicações
Cientistas do Japão afirmam ter encontrado o elemento 113 da tabela periódica. Caso a descoberta seja ratificada pela Iupac e pela Iupap, as uniões internacionais de química e física aplicada, respectivamente, os japoneses serão os primeiros asiáticos a terem direito de batizar um novo integrante da tabela periódica, que ainda carrega o provisório nome de unúntrio. Dessa forma, eles passarão a integrar o seleto grupo que conta com Estados Unidos, Rússia e Alemanha, únicas nações que conseguiram feitos semelhantes.
Para fabricar o elemento 113, a equipe coordenada pelo cientista Kosuke Morita usou um acelerador de partículas. Milhões de partículas do elemento zinco, que tem 30 prótons no seu núcleo, foram arremessadas contra uma chapa metálica contendo bismuto (83 prótons). O acelerador fez com que o zinco viajasse a 10% da velocidade da luz, único jeito de vencer a rejeição que dois núcleos repletos de cargas positivas têm um sobre o outro. “O choque precisa gerar mais energia do que eles gastam tentando se repelir”, diz a professora da Unesp. Como resultado, alguns núcleos de zinco e de bismuto se uniram, dando origem ao efêmero elemento de número atômico 113. O procedimento foi realizado no dia 12 de agosto de 2012.
Para receber o carimbo da comissão conjunta da Iupac e da Iupap, o mesmo experimento terá de ser repetido por outros laboratórios. Se o resultado for semelhante ao obtido pelo instituto japonês, o país ganha o direito de batizar o novo elemento. Neste ano, por exemplo, as entidades aprovaram os testes realizados por um grupo de pesquisa formado por americanos e russos, que nomearam de fleróvio e livermório os números 114 e 116 da tabela periódica, achados um ano antes.
Todos os componentes da tabela periódica que têm núcleos superpesados não existem na natureza. Desde a década de 1940 são realizados procedimentos com reatores nucleares e com aceleradores de partículas para gerar novos elementos.
Kosuke Morita, do Centro Riken Nishina, já adiantou que quer agora tentar chegar ao elemento 119. O entusiasmo de Morita não é reflexo apenas de uma competição entre países para ver quem tem mais nomes na tabela periódica.
A equipe encontrou o elemento 117 medindo padrões de decaimento observados depois que um alvo de berquélio radioativo foi bombardeado com íons de cálcio, no síncrotron JINR, em Dubna, na Rússia.
O experimento produziu seis átomos do elemento 117 depois de bombardearem o alvo continuamente por 150 dias.
Para cada átomo, a equipe observou o decaimento alfa do elemento 117 para 115, depois para 113, e assim por diante, até que seu núcleo passasse por um processo de fissão, dividindo-se em dois elementos mais leves.
O elemento 117 era o último elemento que faltava na linha sete da Tabela Periódica.
Agora ele foi obtido em uma irradiação contínua, durante 250 dias, no mais poderoso fluxo de nêutrons do mundo, no Laboratório Oak Ridge, nos Estados Unidos, o que resultou em 22 miligramas de berquélio.
O padrão de decaimento dos novos isótopos, observado neste experimento, demonstrou a tendência constante de aumento da estabilidade conforme os cientistas se aproximam da teórica ilha de estabilidade química, reforçando as evidências de sua existência real.
Mudanças na Tabela Periódica
Esta descoberta eleva para seis o total de novos elementos descobertos pela mesma equipe – 113, 114, 115, 116, 117 e 118, o elemento mais pesado até hoje. Desde 1940, 26 novos elementos acima do urânio foram adicionados à Tabela Periódica.
Agora começa o processo para dar nome ao elemento 117. O último elemento oficialmente batizado pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) foi o 112. Os demais continuam sendo discutidos .
Há poucos dias, outros cientistas anunciaram a descoberta de núcleos atômicos compostos de antimatéria que poderão mudar ainda mais a Tabela Periódica, dando- lhe um aspecto tridimensional.