O tema pode ser meio assustador, mas todos nós temos um final comum, que é a morte.
O que fazer com o corpo, então?
Enterros, cremações, são os processos mais usados.
Mas, e se existisse uma outra alternativa?
Leia reportagem abaixo e tire suas conclusões….
“Na hora da morte existem várias opções através da qual podemos honrar um ente querido, sendo por norma uma escolha da própria pessoa ainda em vida. Mas há medida que a sociedade evolui os atos fúnebres têm vindo a mudar, e existem cada vez mais alternativas à cremação e ao enterro.
O Living Cocoon é uma alternativa inovadora e sustentável ao caixão tradicional. A invenção contribui para uma compostagem eficiente do corpo, proporcionando assim um meio nutriente enriquecido para árvores e plantas. O micélio é a força motriz por trás do design e concepção. Esta estrutura semelhante a uma raiz de um fungo converte toxinas e materiais orgânicos em nutrientes valiosos para a natureza.
Foi a pensar no futuro do Planeta que a LOOP BIOTECH, empresa situada nos Países Baixos, decidiu criar o primeiro caixão vivo do mundo: o Loop Living Cocoon. Este caixão amigo do ambiente é feito de micélio, parte vegetativa dos cogumelos, e é totalmente biodegradável. Através desta inovação a Loop quer transmitir que o ser humano pode ser parte do ciclo da vida e enriquecer a natureza, em vez de a poluir, na sua hora de partida.
“Graças ao nosso estilo de vida moderno, o corpo humano contém em média 219 produtos químicos que podem pôr em perigo os ecossistemas. Os métodos atuais de sepultamento podem levar à degradação do solo e à poluição das águas subterrâneas. Em alguns cemitérios, a qualidade do solo pode ser comparada à de um aterro”, explica a empresa. No entanto, com este caixão o processo é diferente; as toxinas são neutralizadas e transformadas em nutrientes, com a ajuda de microorganismos e bactérias. A decomposição do caixão leva entre 30 a 45 dias, e o corpo humano leva mais tempo, estimando-se que a sua decomposição demore um total de três anos.
Além disso, este cresce naturalmente na natureza, capturando ao mesmo tempo dióxido de carbono (CO2) da atmosfera. Como explica a Loop, “o micélio cresce no molde Loop Cocoon, que é preenchido com aparas de madeira, permitindo que o micélio cresça e atue como um aglutinante biológico de auto montagem. Após sete dias o micélio atingiu a forma completa de caixão, secando depois naturalmente. Isso impede o seu crescimento e dá força ao caixão. O resultado é um caixão à prova de água exclusivo que só continuará a crescer novamente após uma longa exposição às águas subterrâneas”.
O Loop Living Cocoon tem o custo de 1495 euros, sem portes incluídos, e pode ser enviado para a Europa e para os Estados Unidos através de uma encomenda pré-venda
Novamente: um caixão de madeira simples tradicional pode durar décadas, mas se você estiver ansioso para abraçar a natureza (não estamos, mas é supersticioso), o caixão de cogumelo se biodegradará em apenas 45 dias. No interior, o “caixão verde” mantém-se coerente, albergando os restos mortais do seu hospedeiro num leito macio de musgo, com um aroma que lembra um relaxante passeio na floresta. Opcional: uma mortalha de linho sustentável e um kit de pintura (biodegradável) para decorar o local de descanso final.
Se quiser, assista ao vídeo abaixo:
reportagem: https://greensavers.sapo.pt/um-caixao-feito-de-cogumelos/
https://pt.futuroprossimo.it/2023/07/riposa-in-pace-tra-funghi-e-canapa-loop-biotech-e-la-bara-biodegradabile/
