LAVAR RECICLÁVEIS?????

ALÔ PESSOAL!
Todos sabemos que a reciclagem é mais do que necessária nessa época em que vivemos.

Faço isso e sempre dou a “maior força” para quem tem essa atitude. Mas sabem o que me dá uma “angústia” danada? A lavagem dos recicláveis como latas, garrafas, vidros…Fico pensando na quantidade de água potável, que vai ralo abaixo, e na necessidade que temos de preservar essa água.

Mas lendo esse artigo de Lydia Cintra para a Super, começo a pensar diferente:
A maior parte das embalagens que usamos em casa, como uma garrafa de suco ou uma lata de creme de leite, acumula restos orgânicos. Essas sobras precisam ser retiradas antes do descarte. É importante que as embalagens estejam limpas, inclusive, para evitar mau cheiro e proliferação de insetos. Mas aí você pode questionar que, para lavar essas embalagens, há gasto de água – e, portanto, desperdício. Alguns argumentos mostram que não é bem assim.
A vazão de uma torneira é de aproximadamente 9 litros por minuto. Isso quer dizer que, se você ficar 2 minutos com a torneira aberta lavando os recicláveis, poderá gastar cerca de 20 litros. É bastante? Sim. Se você bebe 2 litros de água por dia, por exemplo, essa é a quantidade consumida ao longo de quase dez dias. Porém, a lógica se inverte se você decidir que deve abrir mão de lavar a embalagem reciclável para economizar água e tascá-la no lixo comum. Por quê?
Primeiro: ela vai ocupar um espaço que já está no limite. No Brasil, espaços destinados a aterros pedem socorro. Segundo a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE, 50,8% dos municípios brasileiros destinam seus resíduos de forma incorreta em lixões – que devem deixar de existir no Brasil até 2015, de acordo com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). A mudança desse quadro de esgotamento dos locais que recebem o lixo é estrutural e urgente, mas parte da solução também está na forma como consumimos. Quanto menos lixos nesses lugares, melhor.
Segundo: A água é um recurso natural consumido em todas as etapas da cadeia de produção de embalagens, que inclui extração de matéria-prima, desenvolvimento do produto, fabricação, transporte, distribuição, compra e uso pelo consumidor final. Por isso, a quantidade de água gasta para lavar a embalagem e descartá-la corretamente é bem menor do que a utilizada no seu processo de fabricação.
Terceiro: para cada embalagem que não é reciclada nem reutilizada, outra nova entra no mercado. Lançar no lixo comum objetos que podem ser reciclados é colocá-los na natureza sem direito a uma segunda chance de uso. Pior ainda quando sabemos que artigos como latas de alumínio demoram até 500 anos para se decompor e sacos e copos plásticos até 450 anos. Tempo demais!
E agora? Os argumentos são válidos, mas não vamos forçar a barra: lavar sim, mas com cuidado!

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