VENTO SOLAR

ALÔ PESSOAL!!!
Vamos chegando, que as férias estão no fim!!!!
E que tal saber sobre os ventos solares?
Apesar de ter o mesmo nome de um fenômeno natural da atmosfera terrestre, o vento solar é muito diferente das nossas brisas, vendavais, tufões, e até furacões e ciclones. Trata-se de um turbilhão de partículas que o Sol ejeta o tempo todo, em todas as direções. Essas partículas podem sair de lá a velocidades entre 300 e 800 quilômetros por segundo. O vento solar é capaz de deixar cidades inteiras sem eletricidade, provocar caos aéreo e atrapalhar a vida de quem se orienta por GPS.
O que provoca o vento solar é a superquente Coroa – a camada mais externa do Sol, que pode ser vista a olho nu durante eclipses solares. A temperatura da Coroa é tão alta que impulsiona as partículas para longe. Elas escapam do campo gravitacional do Sol e passam a viajar pelo Sistema Solar.
A cada segundo, a estrela solta no espaço cerca de 1 milhão de toneladas de material magnético basicamente composto de elétrons e núcleos de átomos de hidrogênio e hélio – os dois elementos mais abundantes no Sol.
O vento solar não é uniforme. A quantidade das partículas depende da atividade solar – há períodos em que o Sol é mais ativo e despeja muito mais matéria no espaço. A velocidade do vento ainda varia de acordo com o local em que as partículas são ejetadas. Nos buracos coronais (regiões escuras da Corona, detectadas através de telescópios de raio-x), as partículas saem a uma velocidade de 800 km/s. Nas regiões mais próximas do equador solar, a velocidade média é de 400 km/s.
Depois de percorrer uma distância 20 vezes maior do que os 149 milhões de quilômetros entre a Terra e o Sol, as partículas perdem calor e velocidade, e o vento solar dissipa-se no espaço sideral.
O fenômeno é o grande responsável por destruir as caudas brilhantes dos cometas que atravessam o Sistema Solar e passam perto do Sol, por exemplo.

Auroras polares
As partículas do vento solar atingem o planeta Terra em intervalos regulares de tempo, enquanto o Sol gira em torno de si mesmo (sim, ele também “pratica” o movimento de rotação). Quando chegam perto daqui, são atraídas para os polos magnéticos da Terra. O contato das partículas energizadas do Sol com os gases neutros da alta atmosfera terrestre provocam efeitos luminosos – as belíssimas auroras polares.
O campo magnético é capaz de evitar a entrada da radiação solar na atmosfera terrestre. Mas, quando o Sol está muito ativo e ejeta mais partículas que o normal, grande parte do vento solar atravessa a atmosfera e provoca alterações em sinais de rádio e de eletricidade, e até confunde a migração de pássaros que orientam-se através do campo magnético da Terra.
O vento solar ainda pode causar panes em satélites artificiais e consequentemente, desvios de rotas de navios e de aviões que trafegam com ajuda de GPS.
Consultoria: Walter Maciel, professor no Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Fonte: site Solar Physics – Marshall Space Flight Center, administrado pela NASA.

Esta imagem claramente mostra um jacto em raios-X lançando plasma para o Sistema Solar a partir do buraco coronal no pólo norte do Sol.
Crédito: SAO/NASA/JAXA/NAOJ

Tirada pelo Telescópio Óptico Solar a 11 de Novembro de 2006, esta imagem revela a estrutura da cromosfera que se extende para fora por cima do topo das células de convexão, ou granulação, da fotosfera. A estrutura resulta da interacção do gás ionizado quente com o campo magnético.
Crédito: Hinode JAXA/NASA

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